Bem Vindo ao meu Blogger

E ainda tem gente que pensa que a paz é impossível...

domingo, 30 de janeiro de 2011

Para reflectir!


"As palavras, além do dom da multiplicidade, têm força, muita força, tanto para construir como para destruir, para salvar e para ferir. E é essa força que faz com que você receba exactamente tudo aquilo que disser. Querendo ou não tudo o que sai de sua boca tem o poder de se tornar realidade. Por isso, pense antes de falar e cuidado com o que diz...
Aposto como você mantém viva na lembrança a mágoa por um dia ter ouvido de alguém um duro discurso, assim como também deve guardar na memória as boas e doces palavras que já a fizeram se sentir mais amado e fortalecido. Adopte, portanto, um vocabulário optimista. Use a fala para edificar, não para diminuir.
Palavras são como sementes: quando pronunciadas, são plantadas na mente e adquirem vida própria. Criam raízes, crescem e produzem frutos da mesma espécie. Onde quer que esteja e onde quer que vá, plante palavras de amor, ternura e, especialmente, de RESPEITO."
                                                                         

(Karla Precioso)


sábado, 15 de janeiro de 2011

À procura de um sonho

Toda a gente tem sonhos. E segredos. E pecados. Quem não sonha está morto; quem não se resguarda é tonto; quem não peca é santo. Sonhos, segredos e pecados não são crime. O problema está na fronteira que determina as respectivas definições. E, mais importante, na maturidade e no bom-senso necessários para suportar cada um deles. Como em tudo na vida, de vez  em quando é preciso colocar o pé no travão.
Renato Seabra, 21 anos, finalista de Ciências do Desporto, em Coimbra, tinha um sonho: ser manequim, provavelmente internacional. Ambição legítima. Candidatou-se a um concurso televisivo, que a televisão parece ser o único veículo reconhecido como eficaz pela geração à qual pertence. Ficou em segundo lugar. A família há-de ter ficado feliz. Os amigos também. Ninguém questionou. Ninguém accionou o travão. Neste tempo, nada parece satisfazer mais as pessoas do que exibir o seu talento, seja ele qual for, na televisão - e a televisão dá para tudo: para cantar, dançar, representar, cozinhar, emagrecer ou só para simular o quotidiano dentro de uma jaula. Vale tudo. Daqui a cem ou duzentos anos, há-de falar-se deste tempo como um tempo muito sinistro.
Mas nem a televisão, com toda a sua pressa, parece ter conseguido responder à urgência do sonho de Renato. E, por isso, talvez ele tivesse também um segredo. Que mal teria aproximar-se de Carlos Castro, 65 anos, velho colunista do suposto glamour nacional a quem os transeuntes desse suposto glamour agradeciam a rampa de lançamento, se com isso conseguisse acelerar a projecção da sua carreira? Aparentemente, não teria mal nenhum. Se tivesse tido travão. Maturidade e bom senso. E verdade, já agora, que é coisa que também começa a escassear. Ou alguém por ele. Se tivesse havido uma mãe ou um pai que tivesse pensado duas vezes antes de autorizar o filho a viajar (para Madrid, Londres e Nova Iorque) com aquele homem, por muito conhecido que fosse. Com aquele ou com qualquer outro. Mas os holofotes cegam quem nos holofotes quer ser feliz.
E foi seguramente um Renato cego, independentemente de ser homo ou heterossexual, que matou outro homem, também ele cego, Carlos Castro. O primeiro, cego pela ambição; o segundo, cego pela devoção de um rapaz mais novo. Num crime que se presta a tanto folclore - as piadas ainda não começaram, mas não hão-de tardar -, o que mais me choca não é a morte, por monstruosa que tenha sido. O que verdadeiramente me choca é disponibilidade mental que as pessoas cada vez mais parecem ter para permutar a honra pela desonra. Mesmo que para sempre consigam manter a desonra em segredo. E, neste caso, não sei quem a permutou primeiro: se o homem que não teve coragem para se afastar de um miúdo sequioso de fama, preferindo acreditar que este o amava; se o miúdo, perigosíssima e preocupante amostra de uma geração, que é capaz de se violentar ao ponto de fingir amar alguém só para daí retirar benefício. Choca-me ainda mais a quantidade de histórias destas que hão-de pulular por aí sem que delas tenhamos conhecimento só porque não tiveram um desfecho trágico. E choca-me, finalmente, que a comunicação social, tão empenhada que está em abordar o assunto com pinças e pruridos, esteja a passar ao lado do assunto que mais interessa: quem é responsável pela desintegração dos valores desta gente, que é muita, para quem a vida só é vida se for mediática? E quem os protege?
Do sonho e do segredo de Renato, restou-lhe apenas o pecado. Capital. Poderia ser mais triste?
Otilia Maia



                                                        Carlos de Castro                          Renato Seabra

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Convento Madre de Deus (Museu Nacional do Azulejo)

O Convento da Madre de Deus situa-se em Xabregas, na zona oriental de Lisboa, mandado construir pela Rainha D. Leonor em 1509, albergando hoje o interessante Museu Nacional do Azulejo.

A construção inicial do século XVI foi muito destruída com o grande terramoto de 1755, sendo o edifício actual o resultado de alguns trabalhos de restauro e conservação ao longo dos séculos.
A bonita Igreja alberga um interessante Portal Manuelino com os brasões do rei D. João II e de D. Leonor, contudo o corpo da Igreja data já do século XVIII, encontrando-se revestida por azulejos barrocos azuis e brancos e decorada com talha dourada.
O Convento alberga ainda a bonita Capela Árabe, com um tecto mudéjar de grande beleza.

O Museu Nacional do Azulejo representa a importância desta arte na cultura, arte e arquitectura Portuguesa, que desde cedo reconheceu a utilidade e beleza estética deste material, aperfeiçoando a sua técnica de conhecimentos já ancestrais. Fundado em 1980, alberga alguns dos mais significativos exemplares da azulejaria nacional, desde o século XV até aos nossos dias.
A visita ao Museu compreende a visita ao espaço conventual, incluindo claustros, igreja e capela.
Obras de artistas como Júlio Barradas, Maria Keil, Júlio Pomar, Cargaleiro, Querubim Lapa, entre muitos outros, expõem-se, com orgulho lado a lado com painéis antigos e históricos, como o da representação da Lisboa antes do grande terramoto de 1755.